Gruit

Gruit

Cerveja feita a partir de uma receita do
século XIII que utiliza ervas do gruit.

Gruit é o nome que se dá a uma antiga mistura de ervas usadas para dar amargor e aroma à cerveja, que era popular antes do uso extensivo do lúpulo.[1] Gruit ou Grut ale também pode referir-se à bebida produzida usando gruit.[2][3]

Gruit era uma combinação de ervas, comumente incluindo samouco-do-brabante (Myrica gale), artemísia (Artemisia vulgaris), aquileia (Achillea millefolium),[1][2][4] erva-de-são-joão (Glechoma hederacea), marroio (Marrubium vulgare), e urze (Calluna vulgaris). Cada produtor de gruit incluía ervas diferentes para produzir sabores únicos. Havia, ainda outras ervas que também eram adicionadas: bagas de zimbro, gengibre, sementes de cominho, anis, noz-moscada, canela, e até mesmo o lúpulo em proporções variáveis.[3]

Algumas formas tradicionais de cerveja sem lúpulo sobreviveram, como a sahti na Finlândia.

  1. a b Muxel, Alfredo Alberto (2022). Química da Cerveja: Uma Abordagem Química e Bioquímica das Matérias-Primas, Processo de Produção e da Composição dos Compostos de Sabores da Cerveja. Curitiba: Editora Appris. 349 páginas. ISBN 9786525021041. Apesar das conhecidas propriedades benéficas do lúpulo na produção de cerveja, os diferentes aromas e sabores da cerveja, durante a Idade Média, entre os séculos X e XV, eram conferidos pela utilização do "gruit", uma mistura de ervas usada para dar amargor e aroma às cervejas. A tríade de ervas mais comuns na composição do gruit era a mírica (Myrica gale), artemísia (Artemisia vulgaris) e aquileia (Achillea millefolium). 
  2. a b «Cervejas Extremas: Gruit - Cervejas sem Lúpulo». www.cervejasextremas.com.br. Consultado em 21 de outubro de 2015 
  3. a b Richard W. Unger. Beer in the Middle Ages and the Renaissance. [S.l.: s.n.] 
  4. «Cervejas Extremas: Lúpulo é Só Mais Uma Erva, Cara!». www.cervejasextremas.com.br. Consultado em 21 de outubro de 2015 

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